Eu sempre fui péssimo em biologia. Quanto mais em botânica. Entretanto, pela fauna às vezes absurda da internet, encontramos alguns exemplares de uma beleza extrema, a qual nos parece mais real que a própria pele que sentimos pelos dedos do teclado. É o que vejo n'o feminino do lótus, essa moça/flor que está pelas ruas de uma cidade paulista qualquer, "onde até a garoa parece ser cinza", como ela mesma diz, escondida em algum apartamento, cujo endereço é http://ofemininodolotus.blogspot.com/. E espero que meus vidros enegrecidos um dia plantem algo no mundo, nem que seja em rede. Por enquanto, sigo com minhas cortinas decadentes. Mas a função das cortinas, afinal, sempre foi essa: esconder, ainda que os vizinhos saibam dos barulhos que vem de cima e o ventilador faça as cortinas baterem fúnebres na parede. O sono é a morte fingida para este meu humor de velha desconfiada e fofoqueira do Josué Guimarães. Shakespeare estava errado.quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Shakespeare estava errado.
Eu sempre fui péssimo em biologia. Quanto mais em botânica. Entretanto, pela fauna às vezes absurda da internet, encontramos alguns exemplares de uma beleza extrema, a qual nos parece mais real que a própria pele que sentimos pelos dedos do teclado. É o que vejo n'o feminino do lótus, essa moça/flor que está pelas ruas de uma cidade paulista qualquer, "onde até a garoa parece ser cinza", como ela mesma diz, escondida em algum apartamento, cujo endereço é http://ofemininodolotus.blogspot.com/. E espero que meus vidros enegrecidos um dia plantem algo no mundo, nem que seja em rede. Por enquanto, sigo com minhas cortinas decadentes. Mas a função das cortinas, afinal, sempre foi essa: esconder, ainda que os vizinhos saibam dos barulhos que vem de cima e o ventilador faça as cortinas baterem fúnebres na parede. O sono é a morte fingida para este meu humor de velha desconfiada e fofoqueira do Josué Guimarães. Shakespeare estava errado.
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3 comentários:
E eu que quase escolhi cursar biologia no lugar do jornalismo...Botânica. E eu, como reles conhecedor da arte da comunicação social, respondo, sobre a tua opinião quanto ao conteúdo preferido pelos leitores: Não são todos que querem espontaneidade e breviedade. A maioria, quem sabe, sim. Eu não escrevo para esses, nem para os outros, e creio q tu também não. Fazer pensar, seja com muitas ou poucas palavras, é o meu objetivo, é o que gosto de fazer, me sinto bem fazendo. Nosso mundo inventado, esse sim... Nas minhas linhas está o meu mundo real, todo ele, pois o que invento têm origem neste também. Não procure Ícaro nos outros textos, leia-ós sem procurar nada, aí talvez encontre algo.
Abraço cara
Lisonja, lisonja! Quem me dera ser tão perfumada assim. Apenas atente: piso solos paulistas, onde até a garoa que cai parece ser cinza. Obrigada e um beijo!
Devidamente corrigida, moça. Desculpas por pensar que eras conterrânea. Um beijo grande pra ti, já que agora, enfim, deixastes eu ex... hehehe.
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