
***
A voz do domingo é felina. Agarra o edredon com unhas de quero-mais. Não deixa o sol ser mais que suco. E o ar é um meio-dia de lençol não lavado pela lembrança. Falta-nos ir além da espera para que a saudade não seja somente um copo de luz. Sem isso continuaremos cegos: mariposas em torno da lâmpada, náufragos do coração, ecos do que não fomos. E permaneceremos lacrados na ânsia do vôo.
***
A liberdade só existe quando a imaginação é solta. Do contrário, as grades permanecem fechadas tanto para a pele quanto para a terra – e as notas são apenas fragrâncias que não seremos capazes de sentir. Se existe um ponto final a ser tomado, ele precisa ser também um início. Longe disso, as gotas que caem na preguiça das horas jamais trarão vida. E existirão apenas esses pássaros que de propósito quebraram as próprias asas por puro medo.
***
A liberdade só existe quando a imaginação é solta. Do contrário, as grades permanecem fechadas tanto para a pele quanto para a terra – e as notas são apenas fragrâncias que não seremos capazes de sentir. Se existe um ponto final a ser tomado, ele precisa ser também um início. Longe disso, as gotas que caem na preguiça das horas jamais trarão vida. E existirão apenas esses pássaros que de propósito quebraram as próprias asas por puro medo.
Um comentário:
Fantastico, tua sensibilidade corta os ares e ruge junto ao vento.
Que os pontos finais tragam inicios, pois xicaras cheias estao cheias.
Bjs
Postar um comentário